Para melhorar os serviços de telefonia dos órgãos do Estado, a Empresa de Tecnologia da Informação de Sergipe (Emgetis) elaborou um novo projeto quanto à contratação centralizada de manutenção do PABX*. O projeto, organizado com contribuições da Secretaria de Estado da Administração (Sead), promete favorecer o Estado e, em conseqüência, a sociedade, do ponto de vista financeiro e administrativo.
Em reunião com os gestores de Tecnologia da Informação (TI) dos órgãos estaduais, realizada quarta-feira, dia 1º, o diretor técnico da Emgetis, Milson Leite, e o superintendente de compras da Sead, Gustavo Andrade, informaram sobre os procedimentos do novo contrato, as ações previstas e o papel de cada envolvido nesse planejamento.
De acordo com Gustavo, o novo projeto de contratação centralizada foi feito com base em avaliações do projeto anterior. “Nós elencamos as falhas do contrato anterior, principalmente as de caráter emergencial, e detectamos as deficiências que deixavam margem a interpretações diversas, dificuldade no rateio dos custos de manutenção, problemas com a reposição de peças e pouca clareza quanto ao papel a ser executado pela empresa contratada pelos órgãos. Diante disso, elaboramos novas ações a serem tomadas a partir de agora”, explicou o servidor da Sead.
A partir do contrato centralizado, a licitação dos serviços de manutenção do PABX vai levar em consideração as horas efetivamente trabalhadas. “Ao contrário do contrato anterior, os serviços técnicos só serão pagos de acordo com as horas trabalhadas. Se o técnico passou três horas para realizar um determinado serviço de manutenção, o órgão assistido só vai pagar por essas horas de serviço. Essa nova atitude resultará em contenção de gastos por parte do Estado, e todos saem beneficiados”, afirmou Gustavo.
Além disso, a reposição das peças do PABX também vai englobar os serviços complementares, como sistema de força, banco de baterias, rede telefônica, etc., cujos pagamentos não eram incluídos na Nota Fiscal, de acordo com o projeto anterior. O projeto também sugere aos órgãos que realizem manutenção preventiva em seus sistemas, para evitar gastos maiores no futuro. “O papel de cada órgão é estimular a rotina de manutenções periódicas, para evitar que um probleminha técnico tome grandes proporções. Isso gera economia para os próprios órgãos”, enfatizou o superintendente de compras da Sead.
Para que os serviços contratados corram de forma eficiente, é necessário que as empresas contratadas sigam as regras do novo contrato. De acordo com o documento, a empresa contratada por cada órgão deve evitar a descontinuidade dos serviços, realizando visitas técnicas aos órgãos, além de manter regularidade fiscal e trabalhista durante a execução do contrato.
Uma questão inovadora nos novos serviços de PABX é a inclusão, no contrato, dos serviços de emergência para os chamados de normalização e funcionamento do sistema, sem ônus adicionais para o Estado. “Alguns órgãos não podem passar uma noite inteira com o serviço de PABX fora do ar, como por exemplo, os hospitais, que trabalham com o turno de ‘plantão’. Por isso, o novo contrato determina que, quando um órgão necessitar de serviços durante a noite ou até mesmo de madrugada, as empresas contratadas devem realizar manutenções em qualquer horário que forem acionadas, sem que o Estado necessite gastar mais com isso”, finalizou Gustavo.
* A sigla PABX, em inglês, significa Private Automatic Branch Exchange, cuja tradução seria Troca automática de ramais privados. Trata-se de um centro de distribuição telefônica pertencente a uma empresa que não inclua como sua atividade o fornecimento de serviços telefônicos ao público em geral.
Fotos: Lara Aguiar
