A coordenadora do programa estadual antitabagismo em Sergipe, Lívia Angélica, esteve nesta quarta-feira, 17, na Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis), onde ministrou a palestra A Epidemia do Tabagismo no Brasil. A ação, que aconteceu no auditório do órgão, foi uma iniciativa da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da Emgetis.
De acordo com o diretor presidente da Emgetis, Ézio Prata Faro, o tema é propício à formação de um ambiente mais saudável em casa e no trabalho. “Nós sabemos que existem vários problemas acarretados pelo fumo, por isso que a Cipa teve total apoio para promover essa palestra. Além de poder levar essas informações para casa, para o seu círculo familiar e de amigos, os funcionários mais saudáveis certamente serão mais felizes e produtivos”, lembrou.
Uma das principais organizadoras do evento, Kátia Limeira, destacou a presença de fumantes na plateia. “Fiquei surpresa. Posso dizer que hoje foi um marco a assiduidade de fumantes na palestra, e o melhor, aprovando tudo aquilo que viram e ouviram. Só tenho a agradecer pela parceria com a secretaria de Estado da Saúde, que sempre nos acolhe muito bem”, afirmou.
Números
A palestrante, Lívia Angélica, pôde mostrar números preocupantes sobre as conseqüências do tabagismo no Brasil e no mundo. “O tabagismo é responsável por diversas doenças. O Instituto Nacional do Câncer, por exemplo, já previu 3.410 novos casos de câncer em Sergipe para 2012 e 2013. Se não fizermos as melhores escolhas por hábitos saudáveis estaremos propensos a muito mais enfermidades”, alertou.
Lívia trouxe dados da Organização Mundial da Saúde que mostram que o tabagismo é fator de risco para cerca de 50 doenças, além de ser a maior causa isolada evitável de mortes precoces em todo o mundo. “O tabagismo mata cerca de cinco milhões de pessoas por ano no mundo. Só no Brasil são 200 mil mortes anuais. Tem ainda o fator econômico, pois muitos chefes de família deixam de comprar alimentos para adquirir cigarros”, destacou.
Entre essas doenças estão as coronarianas, pulmonares e cerebrovasculares, além do câncer. Quem fuma está se contaminando com substâncias como acetona (removedor de esmalte de unha), amônia (desinfetante para pisos e banheiros), naftalina (veneno para baratas) e formol (conservante de cadáveres).
Combate
Em Sergipe, existe um programa de combate ao tabagismo desenvolvido nos municípios pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). São 41 unidades de saúde distribuídas em 23 municípios. Em Aracaju, o serviço está disponível no Cemar Augusto Franco e no Hospital Universitário.
As estratégias utilizadas no programa são prevenção à iniciação ao tabagismo, proteção da população contra a exposição ambiental à fumaça de tabaco, promoção e apoio à cessação de fumar, regulação dos produtos de tabaco através de ações educativas e de mobilização de políticas, iniciativas legislativas e econômicas.
Por Andreza Azevedo
Fotos: Ascom/Emgetis