Técnicos da Empresa Sergipana de Tecnologia de Informação (Emgetis) receberam nesta quinta-feira, 28, o presidente da Comissão da Verdade Paulo Barbosa de Araújo, o professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, e o pesquisador Gilson Sérgio Matos. Na reunião, o diretor técnico da Emgetis, Francisco Varella, o gerente de infraestrutura, Antônio Manoel, e coordenador de Redes, Jesuíno Maciel, colocaram a empresa à disposição para realizar o armazenamento digital dos materiais colhidos e produzidos durante a Comissão, tornando-os seguros e acessíveis à sociedade. Também participou do encontro o coordenador de TI da Casa Civil, Breno Carmo.
Composta por pesquisadores consagrados de Sergipe, a Comissão da Verdade foi instituída pelo governador Jackson Barreto em junho do ano passado, através do decreto nº 30.030, e tem resgatado até então a história de Sergipe e do Brasil durante a Ditadura Militar. O objetivo é identificar e tornar pública as graves violações aos Direitos Humanos praticados durante o regime militar, durante o período de 1964 a 1988.
São realizadas sessões públicas para oitiva de pessoas e familiares que sofreram os mais variados tipos de violações dos direitos humanos, além de um trabalho de pesquisa e recolhimento de documentos públicos junto ao Arquivo Nacional/Projeto Memórias Reveladas, com quem a Comissão firmou parceria.
Devido à relevância dos documentos colhidos, inclusive para um posterior uso didático, a Emgetis garantiu o armazenamento seguro das documentações geradas pelo trabalho da Comissão da Verdade. “A ideia é que tenhamos ao fim dos trabalhos um centro de documentação e a disponibilização destes pelos meios digitais. Para isso, será essencial o apoio da Emgetis”, comentou o presidente da Comissão da Verdade, o professor Josué Modesto dos Passos Subrinho.
De acordo com o gerente de infraestrutura Antônio Manoel, a Emgetis fará inicialmente o armazenamento dos documentados coletados pela Comissão, disponibilizando uma área no servidor da empresa. “Essas informações estão disponíveis em apenas um HD externo, que é um meio de armazenamento vulnerável, suscetível a falhas, e nós faremos uma cópia magnética delas, através de um dispositivo muito mais seguro”, explicou Antônio, acrescentando que o próximo passo será o armazenamento do acervo audiovisual.
O diretor de tecnologia e também um dos depoentes da Comissão da Verdade, Francisco Varella, ressaltou a importância da participação da Emgetis na fase conclusiva dos trabalhos. “Como diretor da empresa de tecnologia do estado e um dos depoentes da Comissão, por ter sofrido toda a represália imposta pela ditadura militar, sinto-me lisonjeado em contribuir duplamente, juntamente como os técnicos da Emgetis, para que toda essa história tone-se conhecida pela nossa sociedade. Para isso, o caminho mais curto e preciso é garantir a segurança dessas informações e virtualizar esse material, e a Emgetis trabalhará para que isso se concretize”, revelou Varella.